Um pouco de mim:

sábado, 22 de outubro de 2011

De olhos fechados não me vejo

 (21/10/11)
Meus olhos estão fechados,
quero ver algo luzidio,
meus olhos ainda permanecem fechados,
não vejo nada.

Meus olhos estão fechados,
quero ver momentos bons,
quero ter razões para viver,
meus olhos estão fechados.

Meus olhos estão fechados,
quero enxergar a humanidade,
quero enxergar a realidade,
mas não vejo nada.


Meus olhos estão fechados,
quero voltar a enxergar,
quero ter uma nova visão,
meus olhos estão fechados.

Meus olhos estão fechados,
já estou tão cego,
só faço reclamações,
só quero ver,
não quero nada fazer,
não vejo nada.

Meus olhos estão fechados,
já não enxergo mais a vida,
já não enxergo minha família,
já não enxergo meus amigos,
agora só enxergo algo que nunca vi antes,
enxergo eu, homem de defeitos,
e não aceitando defeito de outros,
meus olhos estão fechados.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Uma coragem definitiva

(19/10/11)

Tenho motivos para acreditar,
tenhos sonhos para realizar,
quero apenas inventar
um mundo novo ao recitar.

Se meu mundo é para ti diferente,
meu sonho é bem mais,
meus pensamentos são conselhos,
no qual não esqueço jamais.

Tudo é aprendizado,
o que eu aprendo
no pensamento eu guardo,
se aprendi, foi por coragem,
se errei, me faltou algo.

Se algo em mim falta,
necessito do saber.
se eu não conseguir
não vou nunca desistir.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O poeta e um amor


(18-10-11)

Queria estar nas rimas do seu verso,
estar na mais bela poesia,
não que eu queira ser sua inspiração,
nem que seja essa a solução.

Toda a vida é feita de histórias,
todo poema, suas rimas,
a vida do poeta se resume aqui,
um poeta meio que sem jeito pra falar.

Tenho as rimas de minha alma,
são poucas as palavras,
só guardo em meus versos
um pedaço de você.

A minha poesia é solitária,
necessita de você,
tudo o que eu escrevo
é preciso ter você.

Laços de amor, laços de dor


(14/10/11)

Hoje queria ouvir,
mas já não ouço mais,
hoje queria olhar,
mas já não enxergo mais,
hoje queria falar,
mas já estou mudo,
sem palavras para dizer.

Nada agora me resta,
só o resto do que sou,
se amei, foi por vontade,
se chorei, foi de emoção,
se ouvi foi de atenção.

E hoje já não tenho o que dizer,
o meu sonho é apenas sonho,
o meu desejo é só desejo,
tudo o que sou
foi pelo tempo que passou.

E se hoje estou aqui,
já não penso mais em ir,
quero aqui morrer por ti,
saudades do que vi,
momentos que não esqueci.

Já não me restam mais ouvidos,
olhos, boca, nenhum órgão do corpo,
só me restou uma caneta
para detalhar o meu amor.

E em versos tão simples,
que ao invés de amor,
provocou a minha dor,
que hoje me fez entender
que o que faz parte de mim
é essa poesia ao qual me encanto,
e que hoje me envolve em laços de amor.

Ser e ter


(17/09/11)

Seja amado, mesmo não tendo o amor de alguém,
Seja vencedor, mesmo sem ter lutas para vencer,
Seja educado, mesmo se nunca foi ensinado a ser,
Seja verdadeiro, mesmo que a verdade te faça sofrer.

Seja sincero, mas nunca demais,
Seja simples, mesmo que a dureza seja difícil,
Seja real, mesmo que seu sonho não seja,
Seja alegre, mesmo que a tristeza seja demais.

Tenha opiniões, mas aceite as de outras pessoas,
Tenha coragem, mas aceite a derrota,
Tenha amor, mesmo que seja em dor,
Tenha certezas, mas que seja as melhores.

Tenha voz, mas fale menos,
Tenha ouvidos, mas ouça mais,
Tenha acertos, mas nunca deixes de errar,
Tenha nada, pois o ter, tem valor, e quem é, não tem valor, porque ser pessoa, ser humano, é saber amar, e esse tal amor não tem valor.
Sejamos seres, mas diminuamos a certeza de que ter algo seja melhor que nossa existência, sem nossa imagem aqui na terra não teríamos nada, a não ser aquilo que realmente somos.


Meu sofrimento, um ato de amor


(08/10/11)
O poeta talvez seja um homem triste,
magoado pela decepção,
o poeta talvez seja um homem solitário,
sem pessoas ao seu redor.

O poeta é o cara que tem dúvidas,
e mesmo assim permanece na certeza de amar,
o poeta é o cara que em poucas palavras
descreve o amor.

Talvez ser poeta seja sofrer,
pegar a caneta e escrever um poema,
descrevendo o seu sofrimento.

E hoje descrevo o meu,
mas não que eu seja poeta,
e sim,
um cara que tenta reencontrar novas amizades,
mas não amizades em vão.

Em poucas palavras descrevo o meu sofrimento,
o ato de sofrer talvez me ajude
a ser um poeta
reconhecedor das virtudes que tenho.

E se isso não acontecer,
espero a minha vez,
espero com sofrimento
a certeza de que um dia tudo se renove.

Talvez a vida seja assim,
momentos de sofrimentos,
mas nada nos impede de sermos poeta um dia.

Compartilho com você a minha dor,
não que seja por amor,
mas que seja por mim enfim,
esse cara tentando achar um novo começo pra vida.

Enfim, vivo me descobrindo,
e que a descoberta se torne para mim
um novo jeito de amar,
e no entanto, sofrer mais uma vez.

O vento do meu pensamento


(12/10/11)
O vento que eu invento
talvez não seja o vento que assopra,
talvez seja do meu pensamento
que vai e não se volta.

O ar é muito raro,
oxigênio da vida,
exige muito reparo,
exige fonte de cuidado.

A natureza é inocente,
nem o homem isso sente,
só quer fazer queimadas,
não se pensa mais em nada.

O cuidado é necessário,
conservar também,
seja a natureza cuidada,
compromisso de mais ninguém.

Que o vento leve para bem longe
os erros do passado,
a vida mal vivida,
e tudo o que foi feito de errado.